segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Dicas em alusão ao mês de Sensibilização à Perda Gestacional e Neonatal

No dia 15 de Outubro é comemorado o dia de Sensibilização à Perda Gestacional e Neonatal, nós do grupo Amanhecer dedicamos o mês inteiro a esta causa, por isso, postamos na nossa página no Instagram @amanhecerapoioaoluto, 15 dicas de como ajudar uma família que perdeu um bebê durante a gestação ou após o nascimento, esperamos que sejam úteis e possam beneficiar muitas pessoas.


Dica 1 - Tire uma foto ou pergunte se os pais querem ver o corpo. Muitos pais ficam em estado de choque diante da morte de seu bebê e não conseguem tomar a decisão de pedir para ver o corpo e se despedirem. É muito importante para a elaboração do luto ver o corpo do bebê pelo menos através de uma foto.Não ver o corpo é como se o evento não tivesse acontecido e o processo de elaboração do luto pode se tornar complicado. Se você conhece alguém que está passando por isso, pergunte se quer ver o corpo e se pode tirar uma foto para, que em outro momento, a família possa ver. #outubromêsdesensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal#amanhecerapoioaoluto #aborto


Dica 2: Faça uma prece. Pergunte se a família tem alguma crença e se desejam a presença de algum líder religioso para realizar uma cerimônia de despedida . Caso a família não esteja frequentando nenhuma igreja , você pode perguntar se eles desejam que você faça uma oração ou reze durante o enterro. O apoio espiritual ajuda e traz conforto no momento em que perdemos um filho. Caso a família não tenha nenhum credo , esteja presente e dê apoio no que precisarem nas questões burocráticas do enterro . #amanhecerapoioaoluto #miscarriage#pregnancyloss #aborto #perdagestacional




Dica 3: Abrace . Se não sabe o que dizer para uma mãe ou um pai que perdeu um filho , apenas abrace. Um abraço apertado traz consolo e transmite todo o sentimento que você quer passar para a família. Evite frases do tipo “ vocês são jovens , podem ter outro filho “ ou “ foi melhor assim, evitou que o bebê sofresse mais “, isso traz mais sofrimento . Se não sabe o que dizer, apenas abrace. #amanhecerapoioaoluto#sensibilizacaoàperdagestacionaleneonatal

 Em continuidade à postagens do mês de sensibilização à Perda Gestacional e Neonatal trazemos mais uma sugestão de como ajudar uma família que perdeu um bebê . DICA 4: COMPAREÇA AO ENTERRO ou à cerimônia de cremação. Comparecer ao enterro do bebê demonstra que você se importa e que está presente para dar apoio à família . Você deixaria de comparecer ao enterro de um amigo ou de algum adulto ? A criança que morreu , não importa se o óbito foi antes ou após o parto, fazia parte da família , era uma pessoa amada por todos . Sabemos o quanto é difícil ir ao enterro de uma criança , mas os pais precisam muito do apoio dos amigos e familiares nesse momento e ficarão muito gratos pela sua presença. #amanhecerapoioaoluto#mesdesensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal#miscarriage #pregancyloss



  
Dica 5: Ouça. Permita que os pais falem sobre o bebê que se foi . Não mude de assunto. Não peça para que os pais esqueçam o que aconteceu . Esteja disposto a ouvir. Oque eles mais precisam nesse momento é de alguém que os escute.#sensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal #luto#aborto #perdagestacional #miscarriage#pregnancyloss.


Dica 6: Ligue. Se você mora longe ou por algum motivo não pôde comparecer ao enterro ou visitar a família , dê um telefonema. Diga que sente muito . Com certeza os pais entenderão e ficarão gratos pela sua atitude. #amanhecerapoioaoluto#miscarriage #aborto #perdagestacional



DICA 7: FAÇA UMA VISITA! Ligue para os pais e pergunte se pode fazer uma visita. Muitas vezes os pais preferem não receber visitas logo após a perda , porém , depois de algum tempo, eles aceitarão receber os amigos e familiares. Visite ! Se possível leve algo gostoso para comer , um bolo , uma torta ou outra comida preferida do casal. Reserve uma tarde do seu final de semana para visitá-los e conversar um pouco . Fará muito bem para eles e para vocês.#outubromêsdesensibilizacaoàperdagestacioleneonatal #aborto #miscarriage#pregnancyloss
. DICA 8: LEMBRE-SE DO PAI. O pai também sofre pela perda do filho, o homem muitas vezes não costuma falar sobre o assunto e se abrir , porém , merece atenção. Muitas vezes ao nos referirmos sobre a morte de um bebê lembramos de consolar a mãe e nos esquecemos do pai. Não se esqueça do pai , converse, dê um abraço, ele também precisa do seu apoio, ele sofre pela perda do filho, ele sofre.#outubromêsdesensibilizacaoàperdagestacioleneonatal #aborto #pai #paideanjo#miscarriage #father #pregnancyloss




Dica 9: Se refira ao bebê pelo nome . João , Miguel, Sofia, Manuela ... o bebê tinha um nome. Os pais querem ouvir o nome do filho. Não se referir ao bebê pelo nome parece impessoal e distante . É importante Falar o nome do bebê que foi muito amado e esperado e já fazia parte da família . #sensibilizaçaoàperdagestacionaleneonatal



Dica 10: Ofereça ajuda nas tarefas domésticas e caso seja o desejo da família reorganizar o quarto do bebê , esteja disposto a ajudar. Muitas vezes a mulher precisa de repouso após o parto e o casal não tem parentes próximos que possam cozinhar ou limpar a casa. Toda a ajuda nesse momento será útil . #outubromêsdesensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal


Dica 11: Faça companhia . Seja uma presença acolhedora . Esteja disposto a ouvir e conversar . Seja amigo(a). #outubromêsdesensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal



Dica 12: Não aja como se nada tivesse acontecido . Evitar falar no assunto, desconversar... trará  desconforto à família, poderá dar a impressão de que você não se importa. Sabemos que é difícil falar. Mas é necessário ! #outubromêsdesensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal


Dica 13: Dê um presente em homenagem ao bebê e lembre-se de datas importantes. Os pais ficarão gratos e felizes em ganhar um presente que lembre o bebê . Pode ser um pingente , um objeto de decoração , uma plaquinha, uma camiseta , uma árvore plantada em alguma praça ou parque com uma plaquinha com nome da criança , um quadro que você tenha pintado , um cartão, qualquer coisa que os faça recordar o bebê . Lembre-se também de ligar ou mandar uma mensagem em datas importantes como dia dos pais e das mães , dia do nascimento ou da morte do bebê . #outubromêsdesensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal




Dica 14: Não faça comparações . Não compare histórias, não compare a morte de um bebê com a de outro. Cada bebê é único , cada vida é única, cada família tem sua história . Não compare um aborto inicial com um natimorto . Não compare um natimorto com um bebê que nasceu com vida e morreu alguns meses depois. Toda vida foi importante ! Comparações não amenizarão a dor. Pelo contrário ! #outubromêsdesensibilizaçãoàperdagestacionaleneonatal



Dica 15: não opine sobre se o casal deseja engravidar novamente . Não cobre que engravidem logo para esquecer o filho que morreu e também não diga para que não engravidem de novo . Caso a família peça alguma sugestão de médico , pois muitas vezes não se sabe a causa do óbito, você pode indicar , fora isso não opine ! #outubromêsdesensibilizacaoaperdagestacionaleneonatAl


segunda-feira, 28 de maio de 2018


'Mães de anjos' ajudam famílias a superar a perda gestacional e neonatal
Grupo de apoio Amanhecer é composto por mais de 200 mães, que através de depoimentos contam suas histórias de superação.

________________________________________
Por G1 AL
12/05/2018 19h23  Atualizado 14/05/2018 13h14

   Grupo de apoio Amanhecer ajudam famílias a superar a perda gestacional e neonatal (Foto: Arquivo pessoal)


A chegada de um filho é um dos momentos mais esperados por muitas mulheres, e perdê-lo pode ser a dor mais terrível na vida de uma mãe. Pensando em transformar a dor dessa perda, o grupo Amanhecer presta apoio às mães que sofreram perdas gestacional ou neonatal, chamadas de "mães de anjos".

Com a chegada do Dia das Mães, as possíveis lembranças dolorosas são inevitáveis, mas neste sábado (12) o G1 conta a história de amor e superação das mães que decidiram ajudar umas às outras através do grupo de apoio.

O projeto foi idealizado pela bancária Márcia Torres em 2016, um mês após perder sua filha Aurora, que faleceu quando ainda estava na barriga, faltando apenas cinco dias para nascer.

“Na última consulta do pré-natal eu não ouvi os batimentos, fui encaminhada para urgência e aí descobrimos que minha bebê tinha morrido. Era uma gestação normal, eu não tive nenhum problema, foi assim, de repente”, relatou.

Após uma análise e consultas com especialistas, foi descoberto que um trombo no cordão umbilical impediu que Aurora recebesse oxigênio. Só a partir daí a bancária soube que tinha trombofilia hereditária, e que precisaria injetar enoxaparina todos os dias, no total 232, para que seu próximo filho, Joaquim, pudesse se desenvolver corretamente.

    Bancária Márcia Torres guardou todas as ampolas do medicamento que tomou para conseguir dar à luz Joaquim (Foto: Figueira Fotografia)


Precisando desabafar, Márcia começou a procurar por outras mães de anjos, que também perderam filhos, para trocar experiências e superar, juntas, a perda. E a partir daí, diversas mães começaram a participar do grupo, que hoje possui mais de 200 pessoas.

O grupo busca ainda sensibilizar os profissionais de saúde para que as mães que perderam seus filhos sejam colocadas em leitos específicos, longe da maternidade.

E com a ajuda e depoimento de todas as mães que participam do grupo, foi elaborada uma cartilha com orientações de acolhimento às mães, famílias e profissionais que lidam diretamente com a morte de bebês.

Apesar de tratar de um assunto delicado, as mães de anjos dizem que os encontros presenciais realizados pelo grupo são cheios de alegria e deixa todos os integrantes das famílias renovados.

“Esse encontro é um espaço para falarmos sobre nossos filhos, porque apesar de eles terem morrido, a gente se sente mãe, a gente sempre vai ser mãe, você se torna mãe a partir do momento que engravida. Falar sobre o seu filho não é deprimente para a gente, é algo bom”, afirma Márcia.

A fisioterapeuta Rafaela Sampaio, concorda com a bancária, ela entrou no grupo há um ano, após perder os gêmeos Rafael e Antônio.

“Não é algo triste. Lógico que temos momentos emocionantes e choramos ao contar nossas histórias, ao ouvir outras. Porém, eu saio dos encontros aliviada, leve…”, declarou.

O grupo é fechado e além de necessitar de alguns requisitos, os participantes passam por uma entrevista com as administradoras, para que outras pessoas não tenham acesso ao conteúdo e acabe invadindo a privacidade das mães.

“A palavra tem poder de cura, então você falar sobre o assunto e saber que outra pessoa vivenciou a mesma coisa que você, de certa forma traz um conforto, porque muitas mães acham que só acontece com elas”, disse a bancária.

    Coordenação do grupo de apoio Amanhecer (Foto: Wilma Marinho)

Apoio psicológico

Em meio aos depoimentos das integrantes do grupo, foi sendo percebido que muitas mães que perdem seus filhos em hospitais não tinham acompanhamento psicológico. Por isso, uma parceria entre o Amanhecer e o Centro Universitário Tiradentes (Unit) proporciona atendimento gratuito a essas mães.

É essencial ter um acompanhamento psicológico quando você enfrenta uma morte muito traumática, você tem necessidade de se abrir, de conversar. Por isso, a gente procurou a coordenadora do curso na Unit e ela se mostrou muito sensível a temática”, relatou Márcia.

Para receber o atendimento não é necessário participar do grupo de apoio, basta comparecer à Clínica Escola de Psicologia da Unit, localizada na Avenida Comendador Gustavo Paiva, nº 5017, em Cruz das Almas, Maceió.

Fonte: https://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/maes-de-anjos-ajudam-familias-a-superar-a-perda-gestacional-e-neonatal.ghtml

Entre em contato conosco! e-mail: amanhecerapoioaoluto@gmail.com

Nome

E-mail *

Mensagem *